segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O Parque Estadual de Canudos

Uma guerra que aconteceu num fim de mundo baiano insiste em não terminar jamais. Tem tudo para durar mais que a famigerada Guerra dos 100 Anos, ocorrida em priscas eras em solo europeu.
Quem sabe, até entre para o livro dos récordes.
Ao menos em corações e mentes de escritores, poetas, ficcionistas, humanistas, historiadores e curiosos a Guerra Santa do Conselheiro tem sobrevivido e rendido tanto quanto pitadas de fermento em bolo de milho. Ainda bem que assim tem sido.

E que fato histórico tão extraordinário, pelo que houve de sanguinário e desumano, sirva de exemplo para que genocídio de tal monta não venha mais se repetir entre nós.
No Parque, sítio num vasto anfiteatro, está sepultado, à espera dos arqueólogos, material em abundância para contar mais das diligências que ali chegaram com suas máquinas de matar e destruir.
O observador poderá conhecer o Vale da Morte (onde militares sepultavam seus mortos), o Vale da Degola (onde chefes expedicionários mandavam cortar pescoços de jagunços), e o Alto do Maio (ou do Maia, ou do Mário), onde morreu o coronel Antônio Moreira César (1850-1897), comandante da terceira expedição.

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