domingo, 30 de novembro de 2008

Culinária da Bahia


A culinária da Bahia mais conhecida (embora não a mais consumida) é aquela produzida no Recôncavo e em todo o litoral da Bahia — praticamente composta de pratos de origem africana, diferenciados pelo tempero mais forte à base de azeite de dendê, leite de coco, gengibre, pimenta de várias qualidades e muitos outros que não são utilizados nos demais estados do Brasil. Essa culinária, porém, não chega a representar 30% do que seus habitantes consomem diariamente. As iguarias dessa vertente africana da culinária estão reservadas, pela tradição e hábitos locais, às sextas-feiras e às comemorações de datas institucionais, religiosas ou familiares. No dia a dia, o baiano alimenta-se dos pratos herdados da vertente portuguesa, englobados no que se costuma chamar de "culinária sertaneja". São receitas que não levam o dendê e demais ingredientes típicos de origem africana, como ensopados, guisados e várias iguarias encontradas também nos outros estados, embora com toques evidentemente regionais (a utilização mais ou menos acentuada de determinados temperos numa dada receita, por exemplo). A predominância, no imaginário do brasileiro e nos meios de comunicação, da culinária "afro-baiana", deve-se muito ao fato de Salvador, a capital da Bahia, situar-se no litoral do Recôncavo, o que confere maior poder de divulgação para o saboroso legado africano da culinária regional. Ambas vertentes da culinária baiana, no entanto, ainda são praticadas de forma bastante espontâneas, carecendo de procedimentos mais sistemáticos de pesquisa e desenvolvimento. Há muita resistência a tentativas de estudos e aprimoramentos da comida legada por portugueses e africanos. Existem poucos chefs de cozinha dedicados à culinária da Bahia. Procedimentos mais coerentes com a moderna cozinha, contudo, já começam a aparecer, de forma esparsa, através de cozinheiros e cozinheiras mais informados das modernas técnicas gastronômicas, apontando perspectivas mais dinâmicas para a cozinha baiana. A primeira consequência dessas poucas iniciativas é o aparecimento de novas receitas, mais elaboradas, ainda mantendo fortes ligações com as matrizes portuguesa e africana mas incorporando também bases da culinária de outros países, principalmente aqueles banhados pelo Mediterrâneo.
Na Bahia existem duas maneiras de se preparar os pratos "afros". Uma mais simples, sem muito tempero, que é feita nos terreiros de candomblé para serem oferecidos aos Orixás, e a outra, fora dos terreiros, onde as comidas são preparadas e vendidas pela baiana do acarajé e nos restaurantes, e nas residências, que são mais carregadas no tempero e mais saborosas.
Diz Afrânio Peixoto, historiógrafo, em seu livro "Breviário da Bahia", que " a Bahia é um feliz consórcio do melhor de Portugal - a sobremesa e a preferência pelos pescados, e da Costa da África - o óleo de dendê, com outros temperos e condimentos, e pimenta, muita pimenta benzendo tudo. (…) Pouca coisa do índio, que não tinha quase cozinha."

sábado, 29 de novembro de 2008

Mocotó


História do Mocotó

O prato tem por base patas bovinas. Na época das charqueadas, os escravos encontraram nessa substanciosa mistura de ingredientes a solução para seu sustento. As partes do boi desprezadas pelos patrões, como pata, úbere, tripa grossa, e outros pedaços menos nobres, eram recolhidas pelos escravos, que as limpavam e as colocavam a ferver.
Quando voltavam da extensa jornada de trabalho, o cozido estava no ponto. Ao perceber os bons resultados que o mocotó proporcionava à saúde dos escravos, os senhores começaram também a comê-lo e enriqueceram a receita com lingüiça, feijão branco, ovos, tempero verde e outros ingredientes.
No Rio Grande do Sul, o mocotó é especialmente saboreado no inverno, em virtude de ser um prato quente, com grande fonte de calorias e ideal para as temperaturas frias da região.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Abará


Abará é um dos pratos da culinária baiana e como o acarajé também faz parte da comida ritual do candomblé.
O abará tem a mesma massa que o acarajé: a única diferença é que o abará é cozido, enquanto o acarajé é frito.
O preparo da massa é feito com feijão fradinho, que deve ser quebrado em um moinho em pedaços grandes e colocado de molho na água para soltar a casca. Após retirada toda a casca, passa-se novamente no moinho, desta vez deverá ficar uma massa bem fina. A essa massa acrescentam-se cebola ralada, um pouco de sal, duas colheres de dendê.
Quando for comida de ritual, coloca-se um pouco de pó de camarão, e, quando fizer parte da culinária baiana, colocam-se camarões secos previamente escaldados para tirar o sal, que podem ser moído junto com o feijão, além de alguns inteiros.
Essa massa deve ser envolvida em pequenos pedaços de folha de bananeira, semelhante ao processo usado para fazer o acaçá, e deve ser cozido no vapor em banho-maria. É servido na própria folha.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Caruru


O caruru é um prato típico da culinária baiana, originalmente uma comida ritual do candomblé, provavelmente trazida para o Brasil pelos escravos africanos. Pode-se comer acompanhado de acarajé ou abará.
É preparado com quiabo, uma verdura que se pensa ser de origem africana, cebola, camarão fresco e seco, azeite de dendê, castanha-de-caju torrada e moída, amendoim torrado sem casca e moído.

Forma de preparo
Junte a castanha, o amendoim e os camarões secos e passe no processador até virar pó. Inclusive esse pó pode ser guardado bem fechado por vários dias.
Lave os quiabos. Despreze a tampa e o fim do cabo. Corte os quiabos em rodelinhas ou pequenos pedaços. Não lave depois de cortado, pois o quiabo fica babento. Em uma panela coloque um pouco de azeite de oliva e cebola picadinha para dourar e refogue os quiabos. Deixe cozinhar o quiabo com os temperos, e com um pouco de água para cozinhar. Aos poucos coloque o pó feito com a castanha, o amendoim e o camarão. Se quiser pode colocar caldo de peixe ou bacalhau também. No final do cozimento acrescente o azeite de dendê e retire do fogo.
Pronto, é servido tradicionalmente em uma gamela. Acompanha arroz branco e moqueca de peixe.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Cultura da China


Feriados na República Popular da China

Os três feriados principais na China são o Festival da Fonte, Dia de maio, e Dia Nacional a partir de primeiro de outubro. O governo oferece ao povo um longo feriado em todos estes três feriados, mas na realidade, a maioria das pessoas levam pelo menos uma quinzena fora no Festival de Fonte. Os feriados do Dia de maio e Dia Nacional começaram em 2000, como uma medida para aumentar e encorajar gastos no feriado.
Historicamente, o imperador era considerado como o Filho de Céu, e ele liderou tipicamente a corte imperial em elabora e executar cerimônias anuais. Ele não era considerado uma divindade, mas alguém que mediou entre as forças do céu e Terra. Uma idéia central do ciclo dinástico era que uma dinastia imperial injusta que fosse corrupta podia perder o Mandato do Céu e ser destronada por uma rebelião.

Cultura da China


Religião na China

Uma grande variedade de religiões havia sido praticada na China desde o início de sua história . Os templos de várias religiões diferentes pontilham a paisagem da China.
O estudo de religião na China é complicado por vários motivos. Porque muitos sistemas de convicção chineses têm conceitos de um mundo sagrado e às vezes um mundo espiritual, contudo, não invoca um conceito de Deus e classifica um sistema de convicção chinês como uma religião ou uma filosofia e isso pode ser problemático. Assim, Confucionismo e Taoísmo são considerados como religiões, enquanto outros os consideram como somente filosofias de vida.
Secundariamente, e diferentemente da religião, alguns sistemas de convicções chinesas permitem um sincretismo comum em professar suas escolhas múltiplas. É possível para alguém dizer ser um budista e viver de acordo com princípios taoístas e participar de cerimônias de adoração aos antepassados. Um budista não teria nenhuma dificuldade vendo Jesus como um profeta e incorporando conceitos do cristianismo, enquanto o contrário nem sempre, ou melhor, quase nunca é o caso.
Os sistemas de convicção principal que desenvolveram dentro da China incluem adorar antepassados, religião do povo chinês, Confucionismo, Shamanismo, e Taoísmo. A maioria dos chineses tem uma concepção de céu e yin e yang. Os chineses acreditaram também em tais práticas como astrologia, Feng Shui, e geomancia.
Religiões influentes introduzidas pelo estrangeiro incluem Budismo, Islã, e Cristianismo.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Cultura da China


Música da China

A música na China parece datar de antes da civilização chinesa, e documentos e artefatos fornecem evidência de uma cultura musical bem desenvolvida ainda na Dinastia Zhou (1122 AC - 256 AC).
A Agência de Música Imperial, estabelecida primeiro na Dinastia Qin (221-207 AC), estava muito expandida sob o império do Imperador Han Wu Di (140-87 AC) e ordenou supervisionar a música da corte e a música militar e determinou que a música folclórica estaria oficialmente reconhecida. Em dinastias subseqüentes, a revelação da música chinesa estava fortemente influenciada por músicas estrangeiras, especialmente as da Ásia Central.
A música instrumental é tocada com instrumentos de solo ou conjuntos pequenos de instrumentos de corda, flautas, e vários pratos, gongos, e tímpanos. A escala tem cinco notas. Os tubos de bambu estão entre os instrumentos musicais conhecidamente mais antigos da China. Os instrumentos estão tradicionalmente divididos em categorias baseadas em seu material de composição: pele, abóbora, bambu, madeira, seda, barro, metal e pedra. A música escrita mais antiga é Solidão da Orquídea, atribuído por Confúcio.
Na China antiga a posição dos músicos na sociedade era muito mais baixa que a dos pintores. O estudo da teoria da música não era o bastante. Mas quase todos imperadores levaram as músicas folclóricas seriamente.

Cultura da China


Escrita chinesa

A escrita chinesa é ideográfica. A lenda conta no Shuowen Jiezi que foi Chang Ji (um enviado do deus Huang Di) quem inventou a escrita, inspirado em rastros de pássaros e outros animais. Outra versão conta que o criador foi o imperador Fu Shi. Os textos mais antigos estão gravados nos Jiaguwen, carapaças de tartaruga e ossos de boi usados para a osteomancia, e datam de entre 1500 e 950 a.C., durante a Dinastia Shang.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Cultura da China


Idioma Chinês

O chinês mandarim é uma língua sino-tibetana, da família chinesa e oficial na China, Formosa(Taiwán) e Singapura e falado em Hong Kong, Indonésia e Malásia.
O chinês é o idioma mais falado do mundo (mais de 900 milhões de falantes como língua materna), e serve de língua mãe aos falantes de diferentes dialetos de toda a China. É um dos seis idiomas oficiais da ONU.
O chinês é uma língua analítica e atônica. Não tem flexão verbal (é, talvez junto ao vietnamita, a língua analítica por excelência), e se mostra relutante aos empréstimos lingüísticos.

Dialetos chineses
A família de línguas Chinesa está composta por vários idiomas tão diferentes entre si. As principais são:
Mandarim, ou Putonghua - 836 milhões.
Wú - 77 milhões
Cantonês ou Yue - 71 milhões
Dialetos Min - 60 milhões
Jin - 45 milhões
Xiang ou Huanés - 36 milhões
Hakka ou Kejia - 34 milhões
Gàn - 31 milhões
Hui - 3.2 milhões
Pinghua - 2 milhões

Cultura da China


Ópera de Pequim

Os argumentos de uma ópera chinesa unem elementos trágicos e cômicos, misturados com canto, dança, narrações poéticas e acrobacias. Trata-se de uma dramatização de feitos históricos e lendas populares. Outra forma de representação é um diálogo com uma linguagem muito próxima da fala corrente e pantomimas com gestos normais. Em seu humor amável se reflete e satiriza a sociedade, como resultado, instruindo e entretendo.
Seu melhor exemplo e como modelo oficial de execução é a Ópera Nacional da China. Este foi produto da fusão em uma só companhia de um conjunto de tradições da ópera chinesa que atuavam em Pequim. Existem também variedades regionais
A ópera foi sempre um espetáculo muito popular tanto entre o povo chinês como entre os nobres e imperadores. Na elaboração dos argumentos e da música participaram escritores e aristocratas. O imperador Ming Fujam (712-755, também conhecido como Hsuan Tsung) da Dinastia Tang e o imperador Chuang Tsung (923-925) do período final desta mesma dinastia são considerados pais honoríficos da Ópera de Pequim devido a seu decidido apoio a esta arte. Mas o que lhes faz credores a tal título são, acima de tudo, seus profundos conhecimentos das técnicas musicais. O imperador Hsuan Tsung fundou a Academia do Jardim das Peras, uma companhia de música e dança estabelecida na corte. Com o tempo, denominou a ópera como o ofício do jardim das pereiras e a seus atores como os estudantes do jardim das Peras.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Cultura da China


Culinária da China (Cultura do Chá na China)

A cultura do chá chinês se refere aos métodos de preparação do chá, o equipamento usado para fazer chá e as ocasiões em que o chá é consumido na China.
O chá é uma bebida popular desde dos tempos antigos da China. Era considerado uma das sete necessidades diárias, sendo as outras a lenha, o arroz, o óleo, o sal, o molho de soja, e o vinagre. A cultura do chá na China difere daquelas da Europa, Reino Unido ou Japão em tais coisas como nos métodos de preparação, métodos de degustação e nas ocasiões em que é consumido. Até nos dias atuais, em ambas as ocasiões, casuais e/ou formais chinesas, o chá é regularmente bebido. Além de ser uma bebida, o chá chinês é usado em medicamentos herbários e na culinária chinesa.O chá chinês é usado principalmente em rituais de cura ou em reuniões.

Cultura da China


Culinária da China

A China tem umas das mais ricas heranças da culinária do planeta. A comida chinesa sólida é degustada com pauzinhos chineses (hashis)e os líquidos com uma colher larga e plana (normalmente de cerâmica). O chinês considera ter uma faca na mesa muito selvagem, assim a maioria dos pratos são preparados em pedaços pequenos, prontos para serem escolhidos e comidos. A comida chinesa é diferente da comida ocidental onde a proteína de carne é o prato principal de uma refeição, uma fonte de carboidratos (arroz, talharim) são normalmente o ingrediente principal de uma comida chinesa. Por causa da extensa e variada natureza da China, a culinária chinesa pode ser dividida em muitos estilos regionais diferentes.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Cultura da China


Arte da China

Desde do início da história da China, se criaram objetos em bronze, jade e osso que resgatam o espírito e efeito procurado nos rituais chamanistas. Estas formas em bronze e jade mostram pela primeira vez um dos princípios essenciais da arte chinesa: a síntese entre o espírito criador artístico a função social e a hierárquica a que estavam destinados desde sua concepção. O primeiro deles se mostrava no aprimoramento das formas, na origem dos temas decorativos tomando como paradigma as forças da natureza e sua ação sobre o espírito humano, e no grande conhecimento técnico de materiais que caracterizou todas as formas artísticas.
Como complemento da diversificação das formas como a iconografia que se adornavam correspondiam aos princípios de hierarquização social e uso ritual que caracterizaram os inícios da civilização na China com a Dinastia Shang e a Dinastia Zhou. Nesta última dinastia surgem as escolas de filosofia que aprofundaram a relação do indivíduo em torno de si e a consideração social do mesmo, estabeleceram os fundamentos teóricos sobre os séculos que mais tarde se desenvolveria a teoria chinesa da arte.

Cultura da China


Na cultura chinesa os valores tradicionais eram derivados da versão ortodoxa do confucionismo, que era ensinado nas escolas e fazia até parte dos exames da administração pública imperial. Os líderes que dirigiram os esforços para mudar a sociedade chinesa depois do estabelecimento da República Popular da China em 1949 foi elevado na antiga sociedade e foi marcado com seus valores. Embora fossem revolucionários conscientes, não tiveram nenhuma intenção de transformar a cultura chinesa completamente. Como administradores práticos, os líderes do partido comunista chinês buscaram mudar alguns aspectos tradicionais, como a posse da terra e a educação rural, enquanto conservam outros, como a estrutura familiar. As mudanças na sociedade chinesa foram menores e menos consistentes do que as reivindicações dos porta-vozes oficiais.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Cultura do Japão


Palavras japonesas de origem portuguesa

História
Os portugueses foram os primeiros europeus a chegar no Japão e os primeiros a estabelecer um fluxo contínuo e direto de comércio do Japão com a Europa, Durante os séculos XVI e XVII os Jesuítas portugueses, assim como os espanhóis, empreenderam um grande trabalho de catequização que só foi destruído com as perseguições religiosas no início do Período Edo (Xogunato Tokugawa). Portanto, foi inevitável que algumas palavras da língua japonesa tenham se originado do Português. A maior parte destas palavras referem-se a produtos e costumes que chegaram pela primeira vez ao Japão através dos comerciantes portugueses. Não há entretanto, registro de palavra
O número de palavras portuguesas no japonês é, segundo Fernando Venâncio Peixoto da Fonseca, mais de quatrocentas. No auge da influência portuguesa no Japão terão existido cerca de quatro mil palavras.
Não há registro de palavras da língua portuguesa que tenham chegado ao Japonês devido à imigração japonesa no Brasil, entretanto o Japonês falado no Brasil incorpora, como esperado, várias palavras do Português falado no Brasil.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Cultura do Japão


Música do Japão

Era Azuchi-Momoyama
A era Azuchi-Momoyama (1573-1603) apesar de curta foi muito fertil em termos culturais. Foi nesta época que houve o estabelecimento e a consolidação das diversas artes tradicionais do Japão como o Ikebana e a Cerimonia do Chá. Musicalmente houve um grande desenvolvimento nos instrumentos. As flautas antigas evoluiram para o Shakuhachi, o Sô usado no Gagaku com cordas mais flexiveis ficaram mais brilhante e se tornaram os atuais Koto, o antigo Biwa foi substituido pelo Shamisen espécie de banjo com três cordas percutidas por um plectro. A união destes três instrumentos formou o Sankyoku. As eras anteriores foram marcadas pelas guerras internas que terminaram com a entrada da era Edo (1603-1867). Com a ascensão da classe mercantil, o sankyoku adquiriu grande popularidade.

Era Edo
Durante a era Edo, a música para Koto chamado Sôkyoku, era tocado quase que somente pelos cegos, e pelas mulheres e jovens dos comerciantes mais abastados e dos militares de grau mais alto, fazendo parte de sua formação cultural. Na primeira metade do século XX, com o advento das gravações e do rádio, o Sôkyoku, sofreu um processo de popularização principalmente pelas mãos de Michio Miyagi que incorporou técnicas e arranjos inovadores na antiga música do Japão.

Cultura do Japão


Música do Japão

A música japonesa pode ser subdivida em duas vertentes: a clássica e a folclórica. Dentro do ramo clássico temos diversos estilos que surgiram durante as diversas eras culturais da história japonesa.
Durante a era Nara (710-794) houve no Japão um forte intercâmbio cultural com a China. Neste período foi introduzido o Gagaku no Japão, que viria a se tornar a música da côrte japonesa.
O desenvolvimento musical se deu na era seguinte, a era Heian (794-1192). As músicas que vieram do continente asiático passaram por um processo de sofisticação passando a ter características claramente japonesas. O Gagaku passa a ser cultivado pela nobreza. Ela é uma música solene muitas vezes acompanhado de dança, executado com instrumentos de sopro (Sho - harmônica, Hichiriki - flauta vertical de palheta simples, Ryuteki e Komabue - flautas horizontais), intromentos de corda (Sô e Wagon - tipos de koto, harpas horizontais; Biwa - espécie de balalaika) e instrumentos de percussão (Taiko, Kakko, tsuzumi).
Nas eras posteriores Kamakura (1192-1333) e Muromachi (1338-1573) houve o crescimento do teatro. Tendo como base as apresentações comicas populares (sarugaku) e as danças dos camponeses plantadores de arroz (dengaku) surgiu o teatro Nô. As peças eram acompanhadas por um coro de oito vozes (utai) e um conjunto instrumental (Hayashi) formado por uma flauta (Nôkan) e três tambores (ko-tsuzumi, ô-tsuzumi - tambores portáteis pequeno e grande, taiko - tambor fixo). O teatro nô era apreciado pela classe militar de alto escalão, que dominava o Japão na época.

sábado, 15 de novembro de 2008

Cultura do Japão


Teatro Japonês

Teatro escrito e interpretado no Japão desde o século VII d.C. Sua evolução deu lugar a uma ampla variedade de gêneros, caracterizados em geral pela profusão de elementos dramáticos, musicais e coreográficos, e regidos até bem pouco tempo por normas bastante rígidas.
As danças do teatro gigaku, introduzido no Japão no ano 612 d.C. a partir da China, eram aparentemente de caráter cômico. No século VIII foram substituídas pelo bugaku, espetáculo importado da China, cujas danças apresentavam situações simples, mas que adquiriram um caráter ritual.
O sangaku, espetáculo de tipo acrobático (funambulismo, malabarismo e engoliçar de espadas) tornou-se popular no século VIII.
No século XIV surgiu o gênero do Teatro nô, e em fins do século XV o teatro de títeres, jôruri, também chamado bunraku. O grande dramaturgo japonês Chikamatsu Monzaemon foi um dos grandes escritores deste gênero.
A partir do século XVIII, o kabuki se tornou o gênero de teatro tradicional de maior popularidade. Mais próximo de um espetáculo que do teatro em si, seus textos originais têm importância menor que a interpretação, a música, a dança e as cores brilhantes do cenário.
Atualmente os dramaturgos vêm abordando o conflito entre a sociedade moderna e a tradicional. Yukio Mishima obteve grande êxito com Cinco peças modernas do teatro nô (1956), em que apresentou uma versão modernizada de temas tradicionais. O grou do crepúsculo (1949), de Kinoshita Jungi, também tem por base antigos contos populares.
Outros géneros notáveis deste período são o renga, ou verso ligado, e o teatro Noh theater. Ambos com forte desenvolvimento a meio do século XIV, o início do período Muromachi.

Cultura do Japão



Literatura Japonesa


A literatura japonesa cobre um período de quase dois milénios. As primeiras obras são fortemente influenciadas pelo contacto cultural com a China e a literatura chinesa, uma influência que permanece até ao período Edo. Com o reabrir dos portos ao comércio e aos contactos diplomáticos com o Ocidente, no século XIX, a literatura ocidental também veio influenciar o estilo dos escritores japoneses.


A literatura japonesa é usualmente dividida em 5 períodos: Yamato, Heian, Kamakura-Muromachi, Edo e moderno.

Yamato (até o final do séc. VIII d.C.)
Ainda que não existisse literatura escrita, foram compostas um número considerável de baladas, orações rituais, mitos e lendas que, posteriormente, foram reunidas por escrito e incluem-se na Kogiki (Relação de questões antigas, 712) e a Nippon ki (Livro de História do Japão antigo, 720), primeiras histórias do Japão que explicam a origem do povo, a formação do Estado e a essência da política nacional. A lírica surgida das primitivas baladas incluídas nestas obras estão compiladas na primeira grande antologia japonesa, a Maniosiu (Antología de inumeráveis folhas), realizada por Otomo no Yakamochi depois de 759 e cujo poeta mais importante é Kakimoto Hitomaro.

Heian (final do séc. VIII até o final do séc. XII)
3. PERÍODO HEIAN (FINAL DO SÉCULO VIII ATÉ FINAL DO SÉCULO XII) A Kokin-siu (Antologia de poesia antiga e moderna, 905) foi reunida pelo poeta Ki Tsurayuki que, no prefácio, proporcionou a base para a poética japonesa. Ki Tsurayuki é também conhecido como autor de um nikki, primeiro exemplo de um importante gênero literário japonês: o diário.
Escrito pela japonesa Murasaki Shikibu no século XI, é considerada a obra capital da literatura japonesa e o primeiro romance propriamente dito da história. Nesta cena do capítulo Asagao, o príncipe Genji acaba de regressar de uma frustrante visita ao palácio de sua amante, a princesa da Glória Matutina. Enquanto conversa sobre suas outras amantes com sua esposa favorita, Murasaki, contempla como suas criadas jogam na neve. O romance está repleto de ricos retratos da refinada cultura do Japão do período heian, que se mesclam com agudas visões da fugacidade do mundo.
A literatura do começo do século X aparece em forma de contos de fadas, como O conto do cortador de bambú, ou de poemas-contos, entre eles, Ise monogatari (Contos de Ise, c. 980). As principais obras da literatura de Heian são Genji monogatari (Contos ou História de Genji, c. 1010) de Murasaki Shikibu, primeiro importante romance da literatura mundial, e Makura-no-soshi (O livro travesseiro) de Sei Shonagon.

Kamakura-Muromachi (final do séc. XII até o séc. XVI)
A primeira de várias antologias imperiais de poesia foi a Shin kokin-siu (Nova coleção de poemas antigos e modernos, 1205) resumida por Fujiwara Teika. A obra em prosa mais famosa do período, os Heike monogatari (Contos do clã Taira, c. 1220), foi escrita por um autor anônimo. Destacam-se A cabana de três metros quadrados (1212) do monge Abutsu, e Ensaio em ócio (1340) de Kenko Yoshida. O tipo de narrativa mais importante desta época foram os "otogizoshi", coleção de relatos de autores desconhecidos.
O desenvolvimento poético fundamental do período posterior ao século XIV foi a criação do renga, versos unidos escritos em estrofes repetidos por três ou mais poetas. Os maiores mestres desta arte, Sogi, Shohaku e Socho, escreveram, juntos, o famoso Minase sangin (Três poetas em Minase) em 1488.

Edo (séc. XVII a 1868)
Neste período de paz e riqueza surgiu uma prosa obscena e mundana de um caráter radicalmente diferente ao da literatura do período precedente. A figura mais importante do período foi Ihara Saikaku, cuja prosa em O homem que passou a vida fazendo amor (1682) foi muito imitada. No século XIX foi famoso Jippensha Ikku (c. 1765-1831), autor da obra picaresca Hizakurige (1802-1822).
O haicai, um verso de 17 sílabas que reflete a influência do zen, foi aperfeiçoado neste período. Três poetas destacam-se por seus haikais: o monge mendicante zen Basho, considerado o maior dos poetas japoneses por sua sensibilidade e profundidade; Yosa Buson, cujos haikus expressão sua experiência como pintor, e Kobayashi Issa. A poesia cômica, numa diversidade de formas, influenciou também este período.

Período Moderno (1868 até a atualidade)
Durante o período moderno os escritores japoneses foram influenciados por outras literaturas, principalmente as ocidentais.
No século XIX destacam-se os romances de Kanagaki Robunis, Tokai Sanshi, Tsubuochi Shoyo e Futabei Shimei. Ozaki Koyo, fundador da Kenyusha (Sociedade dos amigos do nanquim), incorporou técnicas ocidentais e influenciou-se em Higuchi Ichiyo.
No século XX surge o naturalismo, cuja figura principal é Shimazaki Toson. Mori Ogai e Natsume Soseki se mantiveram afastados da tradição francesa dominante. Destacam-se também o autor de relatos Akutagawa Ryunosuke, Yasunari Kawabata (Prêmio Nobel em 1968), Junichiro Tanizaki, Yukio Mishima, Abe Kobo e Kenzaburo Oé (Prêmio Nobel em 1994).
Do final do século XIX aos nossos dias existe um forte movimento a favor da poesia ao estilo ocidental. Dentro deste gênero, surgiram excelentes poetas. Entre eles, Masaoka Shiki.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Cultura do Japão


Culinária Japonesa (Comida do dia-a-dia)

A culinária tradicional japonesa é dominada pelo arroz branco (hakumai, 白米), e poucas refeições seriam completas sem ele. Qualquer outro prato servido durante uma refeição - peixe, carne, legumes, conservas - é considerado como um acompanhamento, conhecido como okazu. É utilizado um tipo de talher diferente, denominado hashi. Originário da China, consiste em dois pequenos bastões de madeira ou metal.
As refeições tradicionais recebem seu nome de acordo com o número de acompanhamentos que vêm junto do arroz e da sopa. A refeição japonesa mais simples, por exemplo, consiste de ichijū-issai (一汁一菜; "uma sopa, um acompanhamento" ou "refeição de um prato"). Isto quer dizer que a refeição é composta de sopa, arroz e de algum acompanhamento — normalmente um legume em conserva. O pequeno-almoço ou café da manhã japonês tradicional, por exemplo, normalmente é constituído de misso shiru(sopa de pasta de soja), arroz e algum legume em conserva. A refeição mais comum, entretanto, é conhecida por ichijū-sansai (一汁三菜; "uma sopa, três acompanhamentos"), ou por sopa, arroz e três acompanhamentos, cada um empregando uma técnica de culinária diferente. Estes acompanhamentos normalmente são peixe cru (sashimi), um prato frito e um prato fermentado ou cozido no vapor — ainda que pratos fritos, empanados ou agri-doces podem substituir os pratos cozidos. O Ichijū-sansai normalmente se encerra com conservas como o umeboshi e chá verde.
Esta visão japonesa de uma refeição é refletida na organização dos livros de culinária japoneses. Os capítulos são sempre ordenados de acordo com os métodos culinários: alimentos fritos, alimentos cozidos e alimentos grelhados, por exemplo, e não de acordo com os ingredientes em particular (ex.: galinha ou carne) como são nos livros ocidentais. Também podem existir capítulos dedicados a sopas, sushi, arroz etc.
Como o Japão é uma nação insular, seu povo consome muitos frutos do mar, além de peixe e outros produtos marinhos (como algas). Mesmo não sendo conhecido como um país que come muita carne, poucos japoneses se consideram vegetarianos. Carne e galinha são comumente inseridos na culinária do cotidiano.
O macarrão, originado na China, também é uma parte essencial da culinária japonesa. Existem dois tipos tradicionais de macarrão, o soba e udon. Feito de farinha de centeio, o soba (蕎麦) é um macarrão fino e escuro. O udon (うどん), por sua vez, é feito de trigo branco, sendo mais grosso. Ambos são normalmente servidos com um caldo de peixe aromatizado com soja, junto de vários vegetais. Uma importação mais recente da China, datando do início do século XIX, vem o ramen (ラーメン; macarrão chinês), que se tornou extremamente popular. O Ramen é servido com uma variedade de tipos de sopa, indo desde os molhos de peixe até manteiga ou porco.
Ainda que muitos japoneses tenham desistido de se alimentarem de insetos, ainda existem exceções. Em algumas regiões, gafanhotos (inago) e larvas de abelha (hachinoko) não são pratos incomuns. Lagartos também são comidos em alguns lugares.

Cultura do Japão


Culinária Japonesa

Existem várias opiniões do que é fundamental à culinária japonesa. Muitos pensam no sushi ou nas refeições formais elegantemente estilizadas kaiseki que são originárias como parte da cerimônia do chá japonesa. Muitos japoneses pensam na comida do dia-a-dia, em especial nas existentes desde antes do final do Período Meiji (1868 - 1912), ou desde antes da Segunda Guerra Mundial.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Cultura do Japão


Artes visuais (Pintura)
Pintura, foi uma arte por um longo tempo: o pincel é uma ferramenta tradicional de escrita japonesa, e sua extensão de uso como uma ferramenta artística era provavelmente natural. Técnicas de pintura japonesa ainda estão em uso nos dias de hoje, bem como técnicas adaptadas da Ásia continental e do Oeste. dfsdUkiyo-e
Ukiyo-e é o estilo de pintura japonesa que se originou durante o período Edo, na cidade de Edo (atual Tóquio), criado por Hishikawa Moronobu, por volta de 1681. Os artistas dessa época usavam deste estilo para retratar atores de Kabuki, lutadores de Sumô, lindas mulheres e cortesãs, ou simplesmente paisagens naturais. A essência do Ukiyo-e está na filosofia de se aproveitar cada momento da vida. O mundo é o aqui e o agora. Assim, os pintores Ukiyo-e procuravam captar fatos e costumes cotidianos da população metropolitana da antiga Edo. A maioria dessas pinturas eram feitas sobre blocos de madeira (xilografia), o que permitiu uma ampla produção em massa, e acabou por tornar essa forma de arte muito popular e acessível entre os habitantes das cidades. No começo os quadros eram feitos sobre madeira em tons monocromáticos. Posterioremente, durante o século XVIII, começaram a ser usadas outras cores, como o vermelho, o amarelo e o verde. Assim, aos poucos os quadros ganharam grande colorido. A pintura Ukiyo-e estava intimamente ligada a promoção de restaurantes, casas de chá, apresentações teatrais e zonas alegres. De fato, muitos desses quadros eram na verdade pôsteres, que retratavam populares atores de peças Kabuki ou lindas cortesãs das casas de chá. A retratação da beleza feminina ficou conhecida como "Bijinga", e se tornou muito popular, pois as famosas cortesãs da época eram motivo de grande fascinação da população urbana. Um grande mestre nessa arte foi Kitagawa Utamaro (1753-1806), que serviu de modelo para muito outros pintores do estilo. Algumas pinturas "Bijinga" eram apenas de busto. Outras, mais ousadas, retratavam o corpo da mulher por inteiro, algumas vezes semi-nu. As gueixas, cortesãs e mulheres comuns retratadas nessas pinturas equivaleriam, hoje em dia, as famosas modelos e manequins. Outra ramo da Ukiyo-e é a chamada Yakusha-e, que era a representação dos atores e cenas do Kabuki nas pinturas, o que ajudou a divulgar essa forma de teatro. Enquanto a maioria dos artistas retratavam as cenas com grande elegância, um pintor chamado Toshusai Sharaku resolveu destoar dessa tendência criando retratos de atores com membros desproporcionais e fisionomias exageradas da realidade. Além desses dois ramos, alguns pintores do Okiyo-e também se especializavam em pintar lutadores de sumô (Sumo-e), flores e pássaros (kachoga), cenas urbanas (Fuzokuga), fatos históricos (Rekishi-e) ou, ainda, paisagens naturais (Fukeiga). As pinturas de paisagens surgiram justamente quando as pinturas Ukiyo-e de gênero e de retrato pareciam ter perdido as suas possibilidades. Essas estampas em madeira influenciaram, e muito, os artistas impressionistas ocidentais. O que se pode afirmar com certeza é que as pinturas Ukiyo-e marcaram de forma única a história da pintura japonesa, e ainda hoje é uma das formas de arte orientais mais apreciadas e estudadas.

Cultura do Japão


Língua japonesa

A língua japonesa sempre ocupou importante espaço na cultura japonesa. Falada principalmente no Japão, mas também em algumas comunidades de emigrantes japoneses pelo mundo, é uma linguagem aglutinante e a gama de fonemas japoneses é relativamente pequena mas tem um sistema de acento tonal lexicalmente distinto. Japonês é escrito como uma combinação de três diferentes tipos de escrita: caracteres chineses Kanji, e dois alfabetos silábicos, Hiragana e Katakana. O alfabeto latino, romaji, é também usado no japonês moderno, especialmente para nomes de companhias e logos, anúncios. O sistema númerico indo-arábico é geralmente usado para números, mas os numerais tradicionais sino-japoneses são também comuns.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Cultura do Japão


A Cultura Pop Japonesa

Após a derrota na 2ª Guerra Mundial, os americanos tentaram impor o “American Way” como uma estratégia para deter o avanço do comunismo sobre o país. Porém diferente do que ocorreu em outros países, os japoneses não só assimilaram como também reinventaram. O mesmo já havia ocorrido com a cultura tradicional. Por exemplo a escrita japonesa é a mistura de caracteres criados no país (o hiragana e o katakana) com os ideogramas ‘importados’ da China (o kanji). Na religião, a prática de ritos locais, o xintoísmo, com os ritos ‘importados’ da Coréia e da China, o budismo. Com a cultura pop não poderia ser diferente, ao invés de apenas cultuar ídolos alheios, os japoneses criam seus próprios ídolos. A fórmula poderia ser americana, mas o produto final tinha que ser culturalmente japonês.
O pop japonês tornou-se um bem sucedido caso de ‘customização’ da industrialização cultural em padrões orientais. Dois mil anos de história e tradições não podiam ser substituídos e o sucesso de um ídolo ou produto depende, até hoje, de sua identificação com o público.
A cultura pop é um fenômeno ligado à industrialização e à sociedade de consumo, é importante ressaltar que o pop japonês ocorreu e foi beneficiado por condições culturais e econômicas extremamente favoráveis que o país conquistou no pós-guerra. Principalmente a partir dos anos 60, quando o então Primeiro-ministro Hayato Ikeda implantou um histórico programa econômico, que em dez anos duplicou e distribuiu de forma ampla a renda per capta do país, criando a nação da maior e mais rica classe média do mundo. Ao mesmo tempo, o país alcançou uma das mais altas taxas de alfabetização e escolaridade do planeta, formando um povo sedento de informação. A cultura pop, em qualquer parte do globo, é baseada em consumo, e isso faz com que o pop seja essencialmente um fenômeno cultural e comercial.
Fazem parte da cultura pop japonesa itens como o karaokê, yosakoi soran, mangá, animê, tokusatsu (filmes e séries de efeitos especiais), cinema, garage kits, música (notadamente J-pop e anime songs), games e programas de TV.
Animês são desenhos japoneses de traços marcantes como os olhos grandes,cabelos de cores exóticas e roupas de estilos próprios e bem diferentes.

Cultura do Japão


A cultura do Japão evoluiu enormemente com o tempo, da cultura do país original Jomon para sua cultura híbrida contemporânea, que combina influências da Ásia, Europa e América do Norte. Depois de várias ondas de imigração do continente e Ilhas do Pacífico (veja História do Japão), os habitantes do Japão experimentaram um longo período de relativo isolamento do resto do mundo sob o Xogunato Tokugawa até a chegada dos Navios negros da Era Meiji. Como resultado, uma cultura distintivamente diferente do resto da Ásia desenvolveu-se, e resquícios disso ainda existem no Japão contemporâneo.
No último século, a cultura japonesa foi também influenciada pela Europa e pela América.
Apesar dessas influências, o Japão gerou um complexo único de artes (ikebana, origami, ukiyo-e), técnicas artesanais (bonecas, objetos lacados, cerâmica), espetáculo (dança, kabuki, noh, raku-go, Yosakoi Soran, Bunraku), música (Sankyoku, Joruri e Taiko) e tradições (jogos, onsen, sento, cerimónia do chá), além de uma culinária única.
O Japão moderno é um dos maiores exportadores do mundo de cultura popular. Os desenhos animados (anime), História em quadrinhos (mangá), filmes, a cultura pop japonesa - Japop, literatura e música (J-pop) japoneses conquistaram popularidade em todo o mundo, e especialmente nos outros países asiáticos.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Imaculada Conceição


A Imaculada Conceição é um dogma da Igreja Católica Romana. Definido no século XIX, sua festa litúrgica é celebrada em 8 de Dezembro.
Segundo esse dogma, a Virgem Maria foi preservada do pecado original desde o primeiro instante de sua existência. Nascida há dois mil anos atrás, na zona da Palestina, Maria é uma das mais controversas personalidades do cristianismo.

Histórico
Segundo a Igreja Católica, o bom senso dos fiéis sempre acreditou na imunidade de Maria do pecado original. Tanto no Oriente como no Ocidente, há grande devoção à Maria enquanto mãe de Jesus e "Virgem sem Pecados", notados desde os primórdios do cristianismo, quando o dogma da Imaculada Conceição já era tido para os fiéis como verdade de fé.
Os escritos cristãos do século II testemunhavam a idéia, concebendo Maria como nova Eva, ao lado de Jesus, o novo Adão, na luta contra o mal. O Protoevangelho de Tiago, obra apócrifa antiga, narrava Maria como diferente dos outros seres humanos. No século IV, Efrém (306-373), diácono, teólogo e compositor de hinos, propunha que só Jesus Cristo e Maria de Nazaré são limpos e puros de toda a mancha do pecado. Já no século VIII se celebrava a festa litúrgica da Conceição de Maria aos 8 de dezembro ou nove meses antes da festa de sua natividade, comemorada no dia 8 de setembro. No século X a Grã-Bretanha celebrava a Imaculada Conceição de Maria.
Na Itália do século XV o franciscano Bernardino de Bustis escreveu o Ofício da Imaculada Conceição, com aprovação oficial do texto pelo Papa Inocêncio XI em 1678. Foi enriquecido pelo Papa Pio IX em 31 de março de 1876, após a definição do dogma com 300 dias de indulgência cada vez que recitado.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Nossa Senhora das Dores


Nossa Senhora das Dores (também chamada Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Soledade, Nossa Senhora das Angústias, Nossa Senhora das Lágrimas, Nossa Senhora das Sete Dores, Nossa Senhora do Calvário ou ainda Nossa Senhora do Pranto, e invocada em latim como Beata Maria Virgo Perdolens, ou Mater Dolorosa) é um dos plúrices títulos pelos quais a Igreja Católica venera a Virgem Maria, sendo sob essa designação particularmente cultuada em Portugal.

Línguas indígenas no Brasil


Línguas que se desenvolveram no Brasil há milhares de anos, com total independência em relação às tradições culturais da civilização ocidental. Atualmente existem cerca de 170 línguas indígenas no Brasil, faladas por aproximadamente 270 mil pessoas, concentradas sobretudo na região amazônica. Até hoje são conhecidos dois troncos lingüísticos (tupi e macro-jê), 12 famílias que não pertencem a nenhum tronco (caribe, aruaque, arawá, guaicuru, nambiquara, txapakura, panu, catuquina, mura, tucano, makú, yanomámi), e dez línguas isoladas, que não estão agrupadas em nenhuma família.
A família mais numerosa do tronco tupi é a tupi-guarani, cujas línguas (19 no total) são faladas por 33 mil índios, localizados em sua maioria nas áreas de floresta tropical e subtropical. Nessa família, o guarani (15 mil falantes) e o tenetehara (6.776 falantes) destacam-se entre os demais idiomas. No tronco macro-jê, a família mais numerosa é a jê, que compreende línguas (8 no total) faladas principalmente nos campos de cerrado. As mais populosas são a caingangue (10.426 falantes) e a xavante (4.413 falantes). Os outros idiomas que predominam no país são o tucüna (18 mil falantes, língua isolada); o macuxi (15.287 falantes, família caribe); o terena (9.848 falantes, família arauaque); e o yanomám (6 mil falantes, família yanomámi).

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Nossa Senhora de Fátima


Nossa Senhora de Fátima ou Nossa Senhora do Rosário de Fátima é a designação pela qual é conhecida, na religião católica romana, a Virgem Maria, mãe de Jesus Cristo, pelos católicos ou outras pessoas que acreditam em sua aparição durante meses seguidos para três crianças em Fátima, localidade portuguesa, em 1917. A aparição é associada também a Nossa Senhora do Rosário, ou a combinação dos dois nomes, dando origem a "Nossa Senhora do Rosário de Fátima", pois, segundo os relatos, "Nossa Senhora do Rosário" teria sido o nome pelo qual a Virgem Maria se haveria identificado, dado que a mensagem que trazia era um pedido de oração, nomeadamente, a oração do rosário.

História
Três crianças, Lúcia de Jesus dos Santos (de 10 anos), Francisco Marto (de 9 anos) e Jacinta Marto (de 7 anos), afirmaram ter visto Nossa Senhora no dia 13 de Maio de 1917 quando apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, freguezia de Aljustrel, pertencente ao concelho de Ourém, Portugal.
Segundo relatos posteriores aos acontecimentos, por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, as crianças teriam visto uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão teria iluminado o espaço. nessa altura teriam visto em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma "Senhora mais brilhante que o sol".
Segundo os testemunhos recolhidos na época, a senhora disse às três crianças que era necessário rezar muito e que aprendessem a ler. Convidou-as a voltarem ao mesmo sítio no dia 13 dos próximos cinco meses. As três crianças assistiram a outras aparições no mesmo local em 13 de Junho, 13 de Julho e 13 de Setembro. Em Agosto, a aparição ocorreu no dia 19, no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque as crianças tinham sido levadas para Vila Nova de Ourém pelo administrador do Concelho no dia 13 de Agosto.A 13 de Outubro, estavam presentes na Cova da Iria cerca de 50 mil pessoas, Nossa Senhora teria dito às crianças: "eu sou a Senhora do Rosário", e teria pedido que fizessem ali uma capela em sua honra (que atualmente é a parte central do Santuário de Fátima). Muitos dos presentes afirmaram ter observado o chamado milagre do sol, prometido às três crianças em Julho e Setembro. Segundo os testemunhos recolhidos na época, o Sol, assemelhando-se a um disco de prata fosca, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra. Tal fenómeno foi testemunhado por muitas pessoas, até mesmo distantes do lugar da aparição. O relato foi publicado na imprensa por vários jornalistas que ali se deslocaram e que foram testemunhas do fenómeno. Contudo, há testemunhos de pessoas que afirmaram nada ter visto, como é o caso do escritor António Sérgio, que esteve presente no local e testemunhou que nada se passara de extraordinário com o Sol, e do militante católico Domingos Pinto Coelho, que escreveu na imprensa que não vira nada de sobrenatural.
Posteriormente, sendo Lúcia religiosa doroteia, Nossa Senhora ter-lhe-á aparecido novamente em Espanha (10 de Dezembro de 1925 e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13 para 14 de Junho de 1929, no Convento de Tuy), pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria) e a Consagração da Rússia ao mesmo Imaculado Coração.
Anos mais tarde, Lúcia contou ainda que, entre Abril e Outubro de 1916, teria já aparecido um anjo aos três pastorinhos, por três vezes, duas na Loca do Cabeço e outra junto ao poço do quintal da casa de Lúcia, convidando-os à oração e penitência, e afirmando ser o "Anjo de Portugal".
Este anjo teria ensinado aos pastorinhos duas orações, conhecidas por Orações do Anjo, que entraram na piedade popular e são utilizadas sobretudo na adoração eucarística.

Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil

O Cruzeiro : Marco do local do encontro da imagem

O rio Paraíba, que nasce em São Paulo e deságua no litoral fluminense, era limpo e piscoso em 1717, quando os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves resgataram a imagem de Nossa Senhora Aparecida de suas águas. Encarregados de garantir o almoço do conde de Assumar, então governador da província de São Paulo, que visitava a Vila de Guaratinguetá, eles subiam o rio e lançavam as redes sem muito sucesso próximo ao porto de Itaguaçu, até que recolheram o corpo da imagem. Na segunda tentativa, trouxeram a cabeça e, a partir desse momento, os peixes pareciam brotar ao redor do barco.
Imagem Original de Chico SanteiroDurante 15 anos, Pedroso ficou com a imagem em sua casa, onde recebia várias pessoas para rezas e novenas. Mais tarde, a família construiu um oratório para a imagem, até que em 1735, o vigário de Guaratinguetá erigiu uma capela no alto do Morro dos Coqueiros.Como o número de fiéis fosse cada vez maior, teve início em 1834 a construção da chamada Basílica Velha. O ano de 1928 marcou a passagem do povoado nascido ao redor do Morro dos Coqueiros a município e, um ano depois, o papa Pio XI proclamava a santa como Rainha do Brasil e sua padroeira oficial.
Foto do rio onde foi encontrada a imagem A necessidade de um local maior para os romeiros era inevitável e em 1955 teve início a construção da Basílica Nova, que em tamanho só perde para a de São Pedro, no Vaticano. O arquiteto Benedito Calixto idealizou um edifício em forma de cruz grega, com 173m de comprimento por 168m de largura; as naves com 40m e a cúpula com 70m de altura, capaz de abrigar 45 mil pessoas. Os 272 mil metros quadrados de estacionamento comportam 4 mil ônibus e 6 mil carros. Tudo isso para atender cerca de 7 milhões de romeiros por ano.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Cultura Indígena


Legislação

A Constituição Federal promulgada em 1988 (ver Constituições brasileiras) é a primeira a trazer um capítulo sobre os povos indígenas. Reconhece os “direitos originários sobre as terras que (os índios) tradicionalmente ocupam”. Eles não são proprietários dessas terras que pertencem à União, mas têm garantido o usufruto das riquezas do solo e dos rios.
A diversidade étnica é reconhecida, bem como a necessidade de respeitá-la. É revogada a disposição do Código Civil que considerava o índio um indivíduo incapaz, que precisava da proteção do Estado até se integrar ao modo de vida do restante da sociedade.

Nos anos 90, começa a regularização das terras indígenas prevista pela Constituição. O governo Fernando Collor determina a demarcação de 71 ha em 13 estados e autoriza a criação de uma área de 9,4 milhões de ha para os Ianomamis. Homologa 22 áreas em oito estados e a demarcação do Parque Nacional do Xingu. O governo Itamar Franco realiza 19 homologações de terras indígenas e 39 delimitações. No primeiro ano do governo Fernando Henrique, o processo foi quase paralisado e o governo prepara um substituto legal que contorne a alegação de inconstitucionalidade das demarcações. Metade das áreas indígenas não está homologada e 80% delas sofrem algum tipo de invasão. A principal disputa envolvendo essa questão continua sendo a exploração de minerais e a posse da terra.Até os anos 80, vigorava a previsão do desaparecimento dos povos indígenas, devido à continuidade dos casos de assassinatos, doenças provocadas pelo primeiro contato com o branco e deslocamentos para terras improdutivas. Atualmente, constata-se uma retomada do crescimento populacional.

Cultura Indígena


Sociedade e cultura

Os grupos indígenas do Brasil têm costumes, crenças e organização social diferentes entre si, mas algumas características são comuns à maioria dos grupos. O mais comum é o aldeamento pequeno, compreendendo de 30 a 100 pessoas. A vida nas aldeias é regida por um complexo sistema de parentesco que, por sua vez, comanda desde as relações de gênero (homem-mulher) até as relações de troca e divisão do trabalho. Relacionada à sua organização social, cada aldeia geralmente possui uma complexa cosmologia (conjunto de crenças a respeito da estrutura do universo), em que são classificados os seres humanos, os animais e os seres sobrenaturais. Relacionados de maneiras peculiares a cada grupo, esses elementos muitas vezes servem como “chaves” para antropólogos explicarem as diferenças e semelhanças entre os diversos grupos indígenas brasileiros.

sábado, 1 de novembro de 2008

Religião Indígena


Cada nação indígena possuía crenças e rituais religiosos diferenciados. Porém, todas as tribos acreditavam nas forças da natureza e nos espíritos dos antepassados. Para estes deuses e espíritos, faziam rituais, cerimônias e festas. O pajé era o responsável por transmitir estes conhecimentos aos habitantes da tribo. Algumas tribos chegavam a enterrar o corpo dos índios em grandes vasos de cerâmica, onde além do cadáver ficavam os objetos pessoais. Isto mostra que estas tribos acreditavam numa vida após a morte.

Canibalismo


Algumas tribos eram canibais como, por exemplo, os tupinambás que habitavam o litoral da região sudeste do Brasil. A antropofagia era praticada, pois acreditavam que ao comerem carne humana do inimigo estariam incorporando a sabedoria, valentia e conhecimentos. Desta forma, não se alimentavam da carne de pessoas fracas ou covardes. A prática do canibalismo era feira em rituais simbólicos.
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